sábado, 1 de julho de 2017

A BICENTENÁRIA IGREJA DE TOUROS

(Foto datada do ano de 1934)

A imponência e beleza da Igreja Matriz do Bom Jesus dos Navegantes impressiona a todos que visitam nossa cidade, sejam turistas ou religiosos. Abaixo, transcrevi algumas passagens do livro "Touros: uma cidade do Brasil", escrito pelo saudoso tourense Nilson Patriota. Nas passagens do referido livro pode-se verificar um pouco da realidade e história da sociedade tourense traduzida por meio deste importante monumento arquitetônico. 

  
Como se deu a construção da Igreja?

"Como nas demais construções coloniais da cidade, que antigamente eram vistas, também na edificação da igreja foram empregados embolos e lascas de pedras arrancadas à ponta do Touro, fortificação natural, de areia, barro e rochas, protegendo a enseada, pelo leste, do avanço do mar. Tais pedras, transportadas pelos moradores em seus próprios ombros, foram a principal matéria-prima da obra. Quando por demais volumosas e pesadas, eram carregadas em padiolas fabricadas de couro cru e paus" (PATRIOTA, p. 250).

De onde veio a madeira e outros materias?

"Segundo a tradição, parte da madeira de lei utilizada na construção da igreja foi extraída da mata que então beirava o povoado. [...] outros materiais, como lajotas, objetos de cobre, ferro, zinco, estanho, latão, vieram de Pernambuco. Dali também vieram algumas das imagens que adornaram os altares e que foram esculpidas por artesãos portugueses, pernambucanos, mineiros" (PATRIOTA, p. 250).

Como se formou a vila do Porto dos Touros?

Edificada a capela, a povoação do Porto dos Touros passou a se desenvolver em torno da mesma. As choças e taipas que anteriormente se dispersavam acompanhando o curso do Jiqui, tenderam a se agrupar e a formar ruas próximas ao templo. Onde antes existia apenas a casa da viúva Micaella Arcângella do Espírito Santo, a Rua do Capim foi sendo alinhavada. Aí nasceu a cidade atual (PATRIOTA, p. 251).

REFERÊNCIA:

PATRIOTA, Nilson. Touros: uma cidade do Brasil. Natal (RN): Departamento Estadual de Imprensa, 2000. 476 p. 




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