domingo, 23 de julho de 2017

FRANCISCO ANTONIO DOS SANTOS: O popular "mechinha"


Francisco Antonio dos Santos, tourense, nascido no dia 11 de Abril de 1936. Fruto da união de Antonio dos Santos e Hilda Nazária do Nascimento. Teve ainda mais 06 (seis) irmãos, sendo eles:


Homens:

  • Ciço
  • Antonio José da Cruz (babau)
Mulheres:

  • Maria "Pinico"
  • Maria Ciça
  • Maria da Cruz
  • Branca

Popularmente conhecido por "mechinha", o pescador aposentado Francisco Antonio dos Santos vive atualmente em sua humilde residência na Rua Tabelião Júlio Maria, no Centro de Touros. Cercado por seus netos, este ilustre tourense passa grande parte de seu tempo sentado em sua calçada, acenando e sempre brincando com quem passa por aquela rua. 

O sorriso constante em seu rosto esconde os tempos difíceis que ele passou quando criança, ainda na década de 1930, em Touros. Dentre tantas outras lembranças, ele se recorda do acampamento que os militares do Exército fizeram na cidade durante a Segunda Guerra Mundial, nos anos de 1944-45. 

A pesca entrou na vida dele quando ainda tinha 11 (onze) anos de idade. Chegou a pescar com o grande violeiro e seresteiro da cidade, o "Senhor Pereira". Dos tourenses mais conhecidos na cidade ele guarda lembranças de José Porto Filho, ex-prefeito de Touros, também conhecido como "Zé Porto" e do ilustre tourense Júlio Maria do Nascimento, aliás, este último, recebeu homenagem incluindo o nome da rua em que o Senhor "Mechinha" vive hoje.  



Ao longo de sua vida, o senhor "mechinha" trabalho com pesca e agricultura, entretanto, a pescaria foi sua principal atividade. Ao longo de suas 08 (oito) décadas de vida em nossa cidade, este ilustre filho de Touros tem muito que contar. Ele guarda lembranças de nossos antepassados, nossos pais e avós, possuindo muitas experiências que traduzem-se em suas práticas culturais, suas crenças e valores. O nosso pequeno torrão tem muito para nos revelar ainda e por meio de pessoas como este bravo pescador. Um verdadeiro sobrevivente no tempo e no espaço, vivendo num lugar tão precário como era o nosso, sem saneamento básico, inexistência dos serviços mais essenciais para a sobrevivência humana. Durante o seu breve relato, o Senhor "Mechinha" contou que muitas vezes teve que comer farinha com guajirú, demonstrando, assim, um pouco das grandes dificuldades de outrora.   

Fica registrada nossa singela homenagem dedicada ao grande homem, pescador, pai de família e filho de Touros. Nosso torrão se orgulha de possuir pessoas como você que participaram da construção de nossa cidade. 


FONTE: As informações contidas nesta postagem foram coletadas na casa do entrevistado, durante o mês de Janeiro de 2016.


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